quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Três

Primeiramente, eu devo aos leitores deste Blog as minhas desculpas.

Hoje faz três meses e mais três dias que eu não escrevo uma letra neste ainda jovem Blog. E, para um Blog que tem nove meses, três são um tempo e tanto.

Uma coisa da qual eu não posso reclamar da vida é da profissão que eu tenho. Num mundo onde as pessoas sofrem uma grande pressão e acabam por escolher sua profissão única e exclusivamente pelo dinheiro que ela pode proporcionar no futuro, eu tive o privilégio de escolher para a minha vida exatamente aquilo que gosto de fazer: cinema, vídeo, quadrinhos e internet.

Faz um tempo que não faço cinema, e meu relacionamento com os quadrinhos andam só no ítem "crítica", mas isso não vem muito ao caso.

O importante a dizer aqui é que, apesar de eu fazer o que gosto, minha profissão tem muitos defeitos, e o mais insuportável deles, de longe, é o "prazo".

Esta semana, no programa "Circo do Edgard", exibido no MULTISHOW, o apresentador do"Fantástico" Zeca Camargo colocou no topo de uma lista "os três mais malas" o relógio.

Eu sei, todas as profissões trabalham com prazos, algumas mais, outras menos, mas havemos de concordar que nada é mais restritivo e torturante do que o prazo nas áreas de publicações e imprensa.

Fechamento.

Esta palavra causa calafrios, urticárias, pesadelos e, até, suicídios em pessoas que trabalham com publicações o ano inteiro.

Pra mim, ela vem em todo começo de mês e, vou te dizer, é um inferno. Por que? Porque, ao contrário de todas as outras pessoas na revista, cujos trabalhos dependem somente deles mesmos, o meu trabalho, em certo momento do fechamento, depende do trabalho dos outros.

E é aí que o prazo aperta.

Porque, enquanto todo mundo mira terminar seus trabalhos para o envio da revista para a gráfica - uma semana antes da revista chegar nas mãos dos associados -, ninguém percebe que eu também praciso mirar a mesma data, só que eu não posso editar as matérias em vídeo sem um texto. Audiovisual é assim: o áudio não vem antes à toa.

O ano inteiro eu fui ficando pior de saúde, gradativamente, por causa deste stress de fechamento de revista. Mas nos últimos meses eu fiquei ruim mesmo, e, para piorar, ainda tive que cuidar de mudança de casa, autoração de DVD e, no último mês, preparação de aula, uma vez que virei professor universitário.

Não estou justificando, mas estou pedindo desculpas, aqui, e prometendo que, apesar da correria, serei mais fiel ao Blog à partir daqui.

E gostaria, também, de agradecer àquelas visitas que apareceram constantemente, durante esta lacuna, e não deixaram cair a peteca do Blog durante esses longos três meses.

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