sexta-feira, 17 de outubro de 2008

15ª Fest Comix HOJE!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Começou hoje a 15ª Fest Comix, lá pertinho do metrô Consolação.

Dei uma olhada nas ofertas e... confesso... é uma pena não poder ir neste fim-de-semana... as pechinchas estão demais!!!!!

Dêem uma conferida no blog da Fest Comix e vejam, também, a programação de entrevistas e palestras!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

"HQ O QUÊ?" na FNAC Pinheiros

Recebi o release por e-mail:

"4º Festival de Quadrinhos da FNAC
de 20 a 25 de outubro

O "HQ O QUÊ?" tem mostrado o forte papel dos quadrinhos como incentivador da leitura, instrumento educativo e parte fundamental da produção literária e artística do Brasil. Durante uma semana, o universo dos quadrinhos é discutido, com um tema diferente por dia com desenhistas, editores, jornalistas e profissionais especializados em forma de palestras, bate-papos e oficinas, para quem é amante de quadrinhos e para profissionais que buscam ingressar no mercado de trabalho. Curadoria de Silvio Alexandre.

Dia 20/10 (2ª feira), às 19h:
Cláudio Seto, o Samurai dos Quadrinhos
Cláudio Seto foi o primeiro artista brasileiro a utilizar o traço característico do mangá em publicações nacionais. Isso ocorreu na década de 60. Ele publicou histórias de samurais e ninjas, numa época em que ninguém sabia direito o que significavam esses termos. Seu personagem O Samurai, sairá este ano em um álbum pela Devir. Para falar sobre quem lançou o estilo mangá no país, teremos um bate-papo com a professora e pesquisadora Sonia Luyten; e o escritor e jornalista Gonçalo Júnior.

Dia 21/10 (3ª feira), às 19h:
Prêmio Fnac Novos Talentos: anúncio oficial dos ganhadores
Neste encontro serão anunciados os ganhadores do Prêmio Fnac Novos Talentos - Quadrinhos com coquetel e atrações especiais (www.fnac.com.br/premiofnacnovostalentos). Teremos, também, a exibição do premiado documentário Dossiê Rê Bordosa de César Cabral, feito em animação stop-motion, que investiga as razões por trás da decisão do cartunista Angeli de matar uma de suas mais famosas criações, a diva underground Rê Bordosa. O filme conta com depoimentos de Angeli, Laerte, Toninho Mendes (editor da revista Chiclete com Banana), e as vozes de Grace Gianoukas como Rê Bordosa e Paulo César Pereio como Bibelô.

Dia 22/10 (4ª feira) , às 19h:
Bate-papo com o artista argentino Liniers, o mais recente fenômeno dos quadrinhos
Conversa descontraida e informativa com Ricardo Liniers, respondendo questões do quadrinista Eloar Guazzelli Filho e do jornalista Eduardo Nasi, sobre o atual momento dos quadrinhos na Argentina e no mundo. Lançamento do álbum "Macanudo", com suas tiras poéticas, irônicas e reflexivas no Brasil pela Zarabatana Books.

Dia 23/10 (5ª feira), às 19h:
Mesa-redonda: Publicação independente, uma saída para o mercado dos Quadrinhos?
O cenário de quadrinhos brasileiros tem melhorado bastante, tanto pelo aumento de produção, quanto pelo aumento de qualidade. E muito disso se deve a uma forte produção de quadrinhos independente, que hoje no Brasil, representa 90% do que é publicado. Os quadrinhistas Edu Mendes, Will, Cadu Simões, Marcos Venceslau, Daniel Esteves e Flávio Luiz discutem se os independentes serão a solução para os problemas do mercado editorial.

Dia 24/10 (6ª feira), às 19h:
Bate-papo: As atuais mudanças e transformações dos Quadrinhos no Brasil.
O editores da HQM Editora conversam sobre a nova safra de autores, a produção de quadrinhos nacionais e como as editoras enxergam este mercado. Além disso, os editores Carlos Costa, Artur Tavares e Leonardo Vicente falarão sobre os próximos lançamentos da editora programados para 2008 e 2009. A mediação será feita pelo jornalista Paulo Ramos, do Blog dos Quadrinhos.

OFICINAS

Dia 25/10 (Sábado), das 12 às 15 horas
Oficina: Comics Power – uma nova metodologia de produção de quadrinhos
O cartunista e jornalista indiano Sharad Sharma desenvolveu a metodologia Comics Power (Poder das HQs), cuja proposta é mostrar que, através dos quadrinhos, todos podem auxiliar na mobilização social e na luta por direitos. Com esse método qualquer pessoa pode montar uma HQ a partir de sua história de vida. A dinâmica é simples e acessível à maior parte das pessoas, mesmo as que não sabem ler e escrever. Hoje, sua metodologia está presente no Sri Lanka, Finlândia, Moçambique e Brasil. Inscrições (11) 3579-2039. vagas limitadas.

Dia 25/10 (Sábado), das 16 às 18 horas
Oficina: A narrativa nos quadrinhos - Marcelo Campos
O que diferencia as Histórias em Quadrinhos de qualquer outra mídia são as ferramentas de linguagem específicas que criaram esta forma de expressão, aprimoradas através dos anos por centenas de artistas no que chamamos de narrativa ou storytelling. A intenção desta oficina é apresentar uma base desta estrutura de linguagem, seus símbolos gráficos e um pouco da evolução do que chamamos sintaxe. Inscrições (11) 3579-2039. vagas limitadas.

Dia 25/10 (Sábado), das 18 às 20 horas
Oficina de Fanzine - Will
Oficina com o ilustrador e designer gráfico Will. O objetivo desta atividade é analisar, através da teoria e prática, o processo de concepção das publicações de fãs. Analisando algumas das atuais publicações e também aquelas que fizeram a história do gênero, procuraremos vivenciar situações reais da criação deste popular veículo de comunicação. A intenção é oferecer instrumentos ao fanzineiro, futuro profissional dos quadrinhos ou da área editorial, para que ele possa criar e apresentar um material com conteúdo editorial e de informação coerentes e também com qualidade gráfica compatível com as atuais tecnologias de impressão. Com apostila. Inscrições (11) 3579-2039. vagas limitadas."

O Evento vai acontecer na FNAC Pinheiros, na Av. Pedroso de Morais, 858 - Pinheiros (SP)
Fone: (11) 4501-3000

A Entrada é franca!

terça-feira, 16 de setembro de 2008

Como eu disse na postagem anterior, vivemos em função do relógio.

Nós, todos os dias, mergulhamos em nossas rotinas e vivemos engasgados de repeições, fazendo sempre as mesmas coisas, sem mudar, sem variar.

Acordamos no mesmo horário. Levantamos, escovamos os dentes, nos vestimos e vamos trabalhar. Todos os dias, o mesmo "bom dia", as mesmas caras entediadas, as mesmas testas franzidas, as mesmas pressões e, o mais impressionante, ninguém explode!

É disso, e começando muito bem, com um leitmotif do Nine Inch Nails - que vem para o Brasil no mês que vem -, na música "Everyday is Exactly The Same", para o protagonista, que fala o filme "O Procurado", do russo Timor Bekmambetov, o mesmo de "Guardiães da Noite".

O filme é, em si só, uma catarse. É tudo o que um nerd qualquer adoraria que acontecesse em sua vida: você está de saco cheio até que, um dia uma Angelina Jolie aparece em sua vida, diz que você é o máximo, o único cara que pode matar um outro cara muito bom, mesmo, e, de repente, você se vê possibilitado a mandar aquela chefe pra um lugar que só é prazeroso pros outros irem, destrói um teclado na cara do filho da mãe que se diz seu amigo, mas trepa com a sua mulher e ainda tasca um beijo na Jolie na frente dela, indo, de vez, viver uma vida nem um pouco monótona e cheia de aventura e coisas impossíveis.

"Jornada do Herói", "Mito da Caverna", tudo aquilo que, já se sabe de trás-pra-frente, é  o segredo de qualquer boa história, está no roteiro deste filme que, além de um bom roteiro, é um show de imagens alucinantes e bonitas, uma trilha sonora muito boa e atores fazendo bem seus trabalhos.

Não posso dizer que não é um bom filme.

Aliás, é mais que um bom fime.

É um ótimo filme.

Só tem um pequeno defeito no roteiro: é previsível demais, mas todos nós sabemos que bons roteiros não contam histórias imprevisíveis, mas histórias boas.

Quem não viu, vá ver.

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Três

Primeiramente, eu devo aos leitores deste Blog as minhas desculpas.

Hoje faz três meses e mais três dias que eu não escrevo uma letra neste ainda jovem Blog. E, para um Blog que tem nove meses, três são um tempo e tanto.

Uma coisa da qual eu não posso reclamar da vida é da profissão que eu tenho. Num mundo onde as pessoas sofrem uma grande pressão e acabam por escolher sua profissão única e exclusivamente pelo dinheiro que ela pode proporcionar no futuro, eu tive o privilégio de escolher para a minha vida exatamente aquilo que gosto de fazer: cinema, vídeo, quadrinhos e internet.

Faz um tempo que não faço cinema, e meu relacionamento com os quadrinhos andam só no ítem "crítica", mas isso não vem muito ao caso.

O importante a dizer aqui é que, apesar de eu fazer o que gosto, minha profissão tem muitos defeitos, e o mais insuportável deles, de longe, é o "prazo".

Esta semana, no programa "Circo do Edgard", exibido no MULTISHOW, o apresentador do"Fantástico" Zeca Camargo colocou no topo de uma lista "os três mais malas" o relógio.

Eu sei, todas as profissões trabalham com prazos, algumas mais, outras menos, mas havemos de concordar que nada é mais restritivo e torturante do que o prazo nas áreas de publicações e imprensa.

Fechamento.

Esta palavra causa calafrios, urticárias, pesadelos e, até, suicídios em pessoas que trabalham com publicações o ano inteiro.

Pra mim, ela vem em todo começo de mês e, vou te dizer, é um inferno. Por que? Porque, ao contrário de todas as outras pessoas na revista, cujos trabalhos dependem somente deles mesmos, o meu trabalho, em certo momento do fechamento, depende do trabalho dos outros.

E é aí que o prazo aperta.

Porque, enquanto todo mundo mira terminar seus trabalhos para o envio da revista para a gráfica - uma semana antes da revista chegar nas mãos dos associados -, ninguém percebe que eu também praciso mirar a mesma data, só que eu não posso editar as matérias em vídeo sem um texto. Audiovisual é assim: o áudio não vem antes à toa.

O ano inteiro eu fui ficando pior de saúde, gradativamente, por causa deste stress de fechamento de revista. Mas nos últimos meses eu fiquei ruim mesmo, e, para piorar, ainda tive que cuidar de mudança de casa, autoração de DVD e, no último mês, preparação de aula, uma vez que virei professor universitário.

Não estou justificando, mas estou pedindo desculpas, aqui, e prometendo que, apesar da correria, serei mais fiel ao Blog à partir daqui.

E gostaria, também, de agradecer àquelas visitas que apareceram constantemente, durante esta lacuna, e não deixaram cair a peteca do Blog durante esses longos três meses.

terça-feira, 8 de julho de 2008

No melhor estilo "salvem o planeta"

Vou fazer uma resenha dupla, com um certo atraso: WALL-E e AGENTE 86 (GET SMART).

WALL-E - Imagine como o mundo seria se não seguíssemos o prazo dado esta semana pela ONU, de sete anos, para reverter o rumo das coisas na Terra.
Imagine o resultado disso daqui a uns cem anos.
Agora, imagine se nós bandonássemos a Terra, porque ela virou um monte de lixo sem vida, e fôssemos, literalmente para o espaço, deixando a Terra nas "mãos" de robôs compactadores de lixo, imbuídos de inteligência artificial, que, 700 anos depois, ainda nã conseguiram organizar todo o lixo que nós deixamos para trás.

Este é o ambiente em que o robôzinho com cara de triste Wall-e existe, e trabalha duro, apesar da monotonia, além de colecionar bizarras peças de engrenagens que ele "acha" interessantes.

Isso até parecer Eve, uma (desde quando robô tem gênero? Bom... Vamos chamar isso de "licença poética") robozinha de rastreamento, que faz parte de uma tentativa periódica dos humanos de encontrar vida na Terra e reabitar o planeta.

Obviamente, Wall-e se apaixona por ela e, daí, começa toda a "aventura" do filme.

Cara, o filme é feito pra ser "bonitinho", como todos os filmes da Disney/Pixar, mas ele dá conta do recado com méritos maiores do que só "bonitinho". Nunca pensei que um dia eu ia dizer isso, mas o grande mérito do filme é ele ser panfletário. Sim, ele é panfletário, e eu odeio coisas panfletárias, mas este filme consegue ser panfletário de uma forma tão agressiva e, ao mesmo tempo, imperceptível, que ele ficou legal.

Eles se aproveitaram do caos para o qual caminhamos a passos largos e deram um tapa na cara da humanidade. Nada escapa: poluição, tecnologia, preguiça, alienação, cegueira, está tudo lá.

E tudo isso ainda consegue vender bonecos, mochilas e cobertores, com a excelência que só a Pixar pode fazer.

Um filme educativo, uma maneira inteligente de se fazer campanha pela salvação do planeta.

AGENTE 86 (GET SMART) - Agora, imagine uma pessoa absurdamente inteligente e, ao mesmo tempo, extremamente estúpida (estúpida no sentido de esperta) ao mesmo tempo. Este é Maxwell Smart, um espião muito competente e minuscioso da agência de espionagem americana CONTROLE.
Justamente por fazer sempre seus relatórios com os mínimos detalhes das conversações da KAOS (agência de espionagem e planos maléficos russa) é que Smart é alvo de chacota de seus companheiros de trabalho.

Mas é na mão de Smart que todos ficam quando os russos conseguem praticamente extinguir a CONTROLE, forçando o "Chefe" a promover Maxwell a "Agente 86" e designando a ele e à "Agente 99" a missão de reerguer a agência das cinzas, retomando a dignidade da mesma, ao mesmo tempo que impedem os planos da KAOS de executar um ataque terrorista em território americano.
Com todos os elementos da série que se consagrou nas décadas de 60 e 70, fazendo paródia dos filmes de espionagem, estilo 007, o AGENTE 86 consegue te fazer rir do começo ao fim, com um humor fácil e iluminação "Prime Time", sem muitas áreas subspostas e grande absorção pelo grande público.

Faz o que se propôs a fazer. Um filme que merece ser assistido, afinal, bons atores, bom roteiro e boa técnica sempre resultam em um bom filme!

segunda-feira, 16 de junho de 2008

À Partir De...

Hoje, vou entrar num assunto delicado e que não é muito a minha área, portanto, se alguém quiser me convencer do contrário, por favor, o faça nos comentários, pois serão todos lidos e, caso mereçam, respondidos.

É que, há algum tempo, me incomoda uma "saída pela tangente" do marketing varejista, que adora "apunhalar o consumidor pelas costas", ou "pegá-lo no contrapé", como diria algum goleiro por aí: o já famoso "à partir de".

Vou dar um exemplo de caso da "jogada" de marketing do varejo brasileiro: você vai até uma grande rede de hipermercados e se depara com uma prateleira de cd's. Chega perto e vê o precinho convidativo de R$12,00 (R$11,99, na verdade) pelos CD's, mas não repara que, acima do preço, obviamente fora do balão que o informa, em letrinhas miúdas, está o "à partir de", discretamente estampado.

Você remexe a prateleira em busca de um CD que preste (primeiro erro do ingênuo consumidor) e descobre que a prateleria, na verdade, deveria ser de "à partir de" R$19,00 (R$18,99), mas nem esquenta e continua procurando.

Quando você acha um CD que "não tem preço", e é exatamente aquele que você levaria, caso ele custasse R$11,99. Mas, escaldado que você é, você vai ao leitor de código de barras, que não funciona. Procura outro, geralmente do outro lado do mercado, e descobre que, caso levasse ao caixa, pagaria não menos do que R$32,00 (R$31,99). Larga o CD na sessão de bebidas, desapontado, e volta para casa.


Outro exemplo, não muito diferente, é o da loja de roupas que, para atrir o seu consumidor estilo "ratoeira" coloca na porta da loja "camisas 'à partir de' R$20". Você entra na loja e, não antes de ser importunado por um vendedor oportunista ("meu nome é Mário, se precisar de alguma coisa"), você descobre que precisa atravessar a loja inteira para chegar numa arara com cinco camisas de R$60, que fazem parte da promoção, afinal, as que não estão em promoção, geralmente aquelas que não te fariam passar vergonha ao vestí-las, custam "à partir de" R$120.

Esta semana, que eu fiquei inteira sem postar aqui no Blog para tentar, em vão, realizar meu sonho da casa própria, me deparei com um site de uma construtora que se gaba de fazer "imóveis a preços que você pode pagar". Até aí, tudo bem: dependendo de a quem eles se dirigem, eles podem não estar falando comigo, certo? Pois bem: chafurdando no site, reparei que os apartamentos não tinham preço, apenas informavam, todos, que tinham prestações "à partir de" R$240,00.

O consumidor ingênuo (eu, por exemplo) se sente feliz com isso. Imagine você passar a pagar para alguém a metade do que você paga de aluguel e, ao invés de jogar esse dinheiro a um "fundo perdido", você investir em algo que será seu?

Animado, você quer logo falar com alguém e, logo, se vê conversando com um robô on-line, que só sabe dizer duas coisas: "todos os empreendimentos da Construtora ***** têm preços 'à partir de' 58 mil reais" e "para maiores informações, o senhor terá que conversar com um vendedor direto na loja da *****". Mesmo assim, você fica feliz, desmarca todos os seus compromissos (afinal, o que e mais importante do que a sua casa própria?) e marca com eles no sábado, às 16h.

Chegando à loja, você se anima com a classe social das pessoas que estão sendo cordialmente atendidas na loja: todas parecem receber menos que você. Você é prontamente atendido or um vendedor que não é o que marcou com você e fica sabendo das más notícias:

1. O apartamento não custa R$58 mil, mas R$90 mil. Os imóveis de R$58 mil ficam do outro lado da cidade, e lhe obrigariam a pegar dois trens lotados+ônibus para chegar no seu trabalho o qual, atualmente, você só anda dois quarteirões para chegar.

2. A sua renda mensal é a metade da exigida para o financiamento deste apartmento.

Agora, tudo isso poderia ter sido evitado com uma simples mudança de atitude da construtora. Ao invés de colocar que o imóvel (qualquer um deles) pode ser comprado com prestações "à partir de" R$240, ou informar, via atendimento eletrônico, que qualquer um dos empreendimentos tinha preços "à partir de" R$58 mil, colocar coisas menos simpáticas, porém, mais esclarecedoras, do tipo "prestações de acordo com a renda do comprador - rendas à partir de R$2 mil", ou "imóveis com preços entre R$58 mil e R$200 mil", ou, ainda, simplesmente colocar o preço do imóvel no site.

Isso não deveria nem precisar da tal "auto-regulamentação". É uma questão ética: tratar o seu consumidor com honestidade e respeito. Afinal, o cara que, como eu, vai até lá quebrar a cara, não vai poder MESMO comprar o imóvel, nem vai se mudar para o outro lado da cidade e pegar duas horas (no mínimo) de trânsito para ficar longe da família e do trabalho, só para ter seu imóvel (para isso, eu compraria algo em Santos, que tornaria vários aspectos da minha vida pessoal, incluindo conjugal e de saúde, muito melhores).

É só perda de tempo para o "não-comprador" e para o "não-vendedor", que poderia estar atendendo alguém que REALMENTE possa comprar o imóvel pretendido.

Faz um tempo que eu reclamo do "à partir de", mas, este final de semana, eu realmente perdi a paciência. Uma coisa é fazer isso com um CD, numa prateleira ruim, que vai fazer você gastar uns trocados a mais, ou não; outra coisa é você brincar com um sonho de uma pessoa e fazê-la quebrar a cara na frente da família.

Não sei qual é a regulamentação da publicidade em relação a isso, mas acho que é uma saída suja para evitar processos por propaganda enganosa.

Me corrijam se eu estiver errado.

terça-feira, 3 de junho de 2008

O estúpido e o extremamente inteligente

Li no site G1 que está rolando um "stress" entre a galera do Radiohead e o Prince.

A história é a seguinte: O astro pop americano, que sempre se achou a maior referência artística do mundo desde Beethoven (apesar de fazer uma música pra lá de legal pra porra, o Prince nunca foi 1% do que ele acha que é), ao saber que a sua interpretação de "Creep", do Radiohead, feita em um show, foi parar no Youtube, mandou ao Google, através da diretoria de sua gravadora, uma ordem, seguida ao pé-da-letra, de retirar de seus sites toda e qualquer menção fotográfica, auditiva e/ou audiovisual de seus sites, alegando quebra de direitos autorais.

Até aí, vá lá, era de se esperar, vindo de quem veio.

Só que, aí, o baterista do Radiohead ficou sabendo do vídeo, e quis acessá-lo e, obviamente, não conseguiu. Contou pra banda e, todos juntos, liderados por Tom Yorke, soltaram uma ordem inversa ao Google, como que num "peraí, a música é minha e vai tocar na internet, sim!"

Até onde eu sei, a briga está na justiça.

É isso aí, Radiohead!

Depois dessa, eu até perdôo o último retrocesso de vocês!

"parênteses"

"Eu cavo, tu cavas, ele cava, nós cavamos, vós cavais, eles cavam... Não é bonito, mas é profundo."

tirado do blog http://franciskolwisk.blogspot.com/

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Programa Argentino, Humor Brasileiro e Muito Cérebro


O que fazem sete marmanjos com caras de moleques, usando ternos e óculos escuros fazem na sua televisão todas as segundas-feiras à noite?

Jornalismo? Humor? As duas coisas?

Pois é, o CQC: Custe o Que Custar, que passa na Band, às Segundas, às 22h, é, arrisco eu, o melhor programa da atual TV brasileira. Brasileira? A idéia do programa é argentina.

Não sei se você lembra daqueles caras que cuspiram na água do Parreira, nas eliminatórias da última Copa do Mundo. CQC.

A idéia é bem simples e ousada, ao mesmo tempo: fazer um programa jornalístico com muito humor, mas um humos ácido, contundente e de protesto.

Qual programa de humor, no Brasil, já foi até um bairro chique e chamou a polícia porque o bairro havia sido fechado? Que outro programa já fez um "teste de honestidade" e nos levou a pensar se temos, mesmo, moral para reclamar dos nossos governantes?

Talvez eu esteja exagerando, porque este programa me lembra muito as brincadeiras da época da faculdade (a galera, aí, se lembra do "HEIN?"), muito parecidas com o que os caras do CQC fazem. Os do PÂNICO, também, mas o CQC faz com muito mais estilo, mais cérebro, mais maturidade.

O PÂNICO é a brincadeira pela brincadeira, o CQC é a brincadeira um passo à frente, muito mais elaborada.

Mas acredito que valha, e muito, a pena ficar por uma hora em frente à telinha, sem fazer nada, sendo metralhado por muita política, humor, cultura e gargalhadas.

Um voto a mais para o "repórter inesperiente", que já tirou do sério gente do "gabarito" de Datena, Leão Lobo, Marcelinho Carioca e Gretchen, entre outros.

Fora o "proteste" e o "top five", impagáveis!

É a catarse no seu melhor estilo, do jeito que só a Televisão pode fazer, mas não vinha fazendo há anos, num programa argentino, mas, definitivamente, com seu "jeitinho brasileiro".

quinta-feira, 22 de maio de 2008

Pra quem quer conhecer Kenny Brown

terça-feira, 20 de maio de 2008

O Pai do Rock


Sábado, cheguei a uma conclusão óbvia, mas que nunca tinha ficado tão na minha cara antes.


Sabe quando você sabe que uma coisa é aquilo, mas nunca tinha conseguido provar "por A+B"?


Pois é.


O BLUES é o pai do ROCK.


Na Virada Cultural Paulista, que rolou em 19 cidades do Estado de São Paulo, incluindo Santos, onde eu estava, Kenny Brown, guitarrista e cantor vindo de New Orleans, deu-nos uma aula de como se faz música, com técnica, improviso e muito carisma.


Resumindo: o cara APAVOROU!


Já tinha visto shows de Blues e Jazz antes, vários, todos muito, muito bons, sempre, mas nada parecido com o que Kenny Brown fez no palco da Praça Mauá, com uma banda de garotos (mesmo!) brasileiros, também extremamente talentosos. Ao ponto de nunca terem tocado juntos antes, em suas vidas, e terem feito um show sensacional. O tecladista tinha momentos espetaculares, durante o show; o baterista estava fazendo o show da vida dele e o baixista tem uma técnica espetacular.


O ponto fraco ficou para a organização da Virada em Santos, pois, fora do show de Kenny Brown, que teve "pontualidade britânica", o restante das atrações teve atrasos insuportáveis, chegando o ápice no show de Toni Garrido, que era para ter começado 0h15 e começou apenas à 1h40.


Fora o público, escasso e desanimado nas apresentações.


Uma decepção.


Talvez eles se animassem mais se, ao invés de música, colocassem o MC Créu no palco.


Lastimável.

quinta-feira, 15 de maio de 2008

No Paper

Estive outro dia numa reunião de trabalho, na qual chegamos à conclusão de que a mídia impressa está chegando ao seu fim.

Com exceção daqueles mais tradicionalistas, o público em geral, adicionado do não-público em geral (aqueles que não lêem nada em hipótese alguma), hoje, já prefere a Internet como fonte principal de conteúdo. A única mídia que ainda concorre com a internet é a televisão e, mesmo assim, a TV tem tido que se desdobrar para apresentar um conteúdo moderno, atrativo e, até, interativo para, ao menos, deixar de perder espaço para a "mídia pessoal".

Fato: é trabalhoso, caro e demanda tempo demais você buscar informação e conteúdo em mídias impressas com a agilidade e quantidade que se encontra na internet. Qualquer que seja seu interesse, seja informação em geral, informação segmentada, entretenimento, séries, vídeos, jogos, qualquer conteúdo que você procure, é certo que você ache na internet e possa ver na tela de seu computador.

Vou dar como exemplo algo bem próximo de mim, que é a revista em que trabalho: o nosso conteúdo on-line já é, há algum tempo, muito mais interessante que o conteúdo impresso. Tanto para associados quanto para anunciantes. Do lado dos associados, todo o conteúdo da revista, inclusive uma versão em tela idêntica à impressa, inclusive, com a mesma dinâmica, mais conteúdo exclusivo para a internet, que inclui uma infinidade de vídeos, possibilidade de interatividade com o conteúdo, um canal de compra-e-venda, acessoria on-line (a revista é para um público segmentado e profissional) e muito mais coisas, que só vão aumentar. Do lado do anunciante, há a possibilidade de muito mais espaços, dos mais variados, para anúncios muito mais atrativos e que, além de ter um novo formato e mais penetração, uma vez que o conteúdo da internet, dependendo do setor do site, não chega apenas para associados, há a possibilidade do canal direto, em que o leitor não precisa parar de fazer o que está fazendo para entrar em contato com o anunciante, uma vez que está num veículo muito mais dinâmico - e multi-tarefa por natureza -, através de link.

Há ainda o argumento do já modê "ecologicamente correto", no qual se diz que clientes estão deixando de comprar revistas impressas em prol do planeta. Fora a "crise dos alimentos".

Um problema que existe, ainda, é a falta de credibilidade da internet, uma vez que é um meio facilmente "burlável" e "falsificável", mas isso pode ser driblado pela credibilidade de veículos já existentes: uma vez que revistas e agências de notícias e televisivas já tinham um público pré-internet, os veículos "arrastariam" seu público e, depois, um público novo para seus sites.

Mas é fato, mesmo, que o futuro é a internet. Mais barata, flexível e cheia de possibilidades, o veículo que continuar achando que sua versão impressa é mais importante que sua versão on-line vai ficar para trás.

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Créu, Quadrado, Outros e o desabafo

Vamos falar de música?

Música?

Estava eu rondando blogs por aí, e senti que tinha que falar um pouco da mediocridade do público "musical" brasileiro. Cara, se eu quisesse abrir o "Frut Loops", o "Audition", escrever umas baboseiras ridículas (nunca escrevi, mas minha namorada é testemunha de como sou bom em criar essas idiotices no modelo que o mercado gosta), gravar, enfiar uma coisa em cima da outra e fazer o maior sucesso!

Aliás, por que eu não faço isso? Eu ganharia, aí, alguns milhares de reais, talvez milhões, e poderia fazer o que quisesse da minha vida, à partir daí. Fora, talvez, ter que enfrentar o estigma de pessoas como eu mesmo, que preferem pessoas que não se submetem ao ridículo na vida...

A história fonográfica popular brasileira prova que o povo gosta do grotesco, mesmo, mas sabe que isso é grotesco e, quando alguém que se submeteu a isso tenta não mais se submeter, está fadado(a) ao fracasso.

Mesmo assim, a fábrica do grotesco não pára, e está cada vez mais grotesca. Gretchen e Rita Cadillac eram grotescas, como muita coisa que passava pelo Chacrinha, mas não foram nada comparadas a É o Tchan (que chegou a se chamar Gera Samba), que não se compara às personagens Tiazinha e Feiticeira, que, por sua vez, não se comparam à Dança da Motinha (sic), ou o Funk do Tigrão, que não se compara à "grotesquice" da Dança do Créu, que já foi ultrapassada pela já "famosa" Dança do Quadrado.

Dentre uma ou outra "grotesquice" que citei acima, existem milhares de outras, algumas com duração considerável (temos que aturar os frutos do É O Tchan até hoje), outras, às vezes, graças a alguma intervenção divina (não tenho religião, mas isso não vem ao caso, agora), duram menos que uma semana.

Mas o fato é que, se existe a oferta, é porque existe uma demanda.

E é isso que me assusta!

Para haver a oferta tão abusivamente abundante, alimentada pelo mercado das revistas de mulheres nuas, "Brasileirinhas" em geral, Domingões, Legais ou não, Chacrinhas, Bolinhas, Elianas, Serginhos, Mallandros ou não e programas de humor em geral, precisa de uma demanda igualmente montruosa.

E isso explica porque não conseguimos nos manter alheios a essa "promiscuidade grotesca gratuita". Não é justo, eu sei, pois procuramos saber, sempre, de novidades do cenário alternativo de qualidade, nem sempre tendo sucesso, e ainda costumamos nos deparar com algum imbecil movido a "Mulheres-Melancia" que nunca ouviram falar em "Hitchhiker's Guide to The Galaxy" ou que nunca sequer escutaram um acorde de Jack White, ou pior, nunca ouviram falar de Queen, mas nós estamos facilmente vulneráveis a "Créus" e "Quadrados", gritados e "hinificados" pelos quatro cantos da sociedade, repleta de babacas donos de sons potentes em carros ridículos, ou mesmo sons não-potentes, mas que adoram obrigar os outros a escutar o que eles escutam, ou a programas de TV, retro-alimentados de "grotesquidão", que só vendem publicidade atraindo os mesmos fúteis que você encontra nas ruas, em barzinhos, ou em qualquer ambiente fechado, seja qual for o nível de graduação do indivíduo.

Tal cultura nacional resulta em pessoas que não concebem que "uma pessoa vá a um lugar escuro e, simplesmente, se sente em frente a uma tela enorme, durante duas horas, sem proferir uma palavra". Isso porque ela não sabe que o silêncio é a maior das sabedorias, que a cultura se adquire em silêncio e que, sabiamente, Romário já dizia que, caladas, algumas pessoas são "poetas" ou "poetizas".

Desculpem os neologismos.

segunda-feira, 5 de maio de 2008

A política em todas as suas proporções

Do extremamente politizado ao nem tanto, esse fim-de-semana foi agitado, para mim.

Sábado, assisti a um peça deveras interessante: extremamente densa, com poucos pontos de respiro (bem-posicionados, por sinal), cheia de referências históricas e com atores muito bons, além de um texto bem trabalhado. Este é o resumão de "RASGA CORAÇÃO", que foi apresentada uma única vez no SESC Santos.

Contando a vida de um operário "Getulhista", sindicalista, que lutou na revolução de 1930 e conquistou tudo aquilo que temos de direitos trabalhistas, hoje, mas que, na década de 1970, onde se passa a maior parte da diegese da peça, tem problemas em mostrar os resultados de sua ideologia e luta para o filho, que vê nele apenas um homem ultrapassado.

Discutindo sobre o que é "novo" e o que é "revolucionário", o texto vai nos mostrando que uma coisa não tem nada a ver com a outra, na maioria das vezes, e que, se formos olhar direito, a história costuma se repetir, e aquilo que costumava se pensar obsoleto pode ser a solução para o futuro, e aquilo que se consideraria revolucionário é, na verdade, apenas mais do mesmo.

Que a história é cíclica, todos nós sabemos, e que o mundo dá voltas, também. Mas a forma que a peça aborda isso é contundente, chegando a criar arquétipos sociais, que podemos, facilmente, localizar nos tempos atuais.

Boa pedida para quem estiver em São Carlos neste fim-de-semana próximo, pois eles se apresentarão no SESC daquela cidade, no Sábado, dia 10/05.

Depois de ver esta peça, resolvi que domingo seria o dia de tomar a minha dose cavalar de Blockbuster.

E fui assistir ao filme do "HOMEM DE FERRO".

Confesso que nunca li uma HQ dele, e nem pretendo ler num futuro tão próximo (já está difícil de ler as que eu me interesso MUITO), mas posso dizer que conhecia a história do herói, e, também, vou dizer que, apesar das repaginações - compreensíveis, uma vez que o Vietnã já foi, e a guerra de hoje, cíclica como é a história, é a do Afeganistão - o filme é bastante fiel às HQ's.

Tony Stark é um playboy irritantemente esnobe, arrogante e chato. Tanto, que você quase pede pra que ele morra no início do filme. Robert Downey Jr. fez um excelente trabalho (ele deve ter se identificado com a personagem), melhor do que se poderia imaginar de Tom Cruise, ator previamente escalado para fazer a protagonista.

O roteiro é um primor. Todo amarradinho, com um texto extremamente inteligente e crítico (vamos entrar nesse mérito mais pra frente), o filme te pega no comecinho, e vai jogando, para fãs e leigos, até o final. A forma como é construído o vilão é sensacional e, apesar de sem muitas surpresas, o mistério é mantido até a hora exata, criando uma tensão entre Stark e seu real rival.

Apesar de eu não gostar dessa idéia, passada pelo filme, de "tudo bem se for para nós", cultuada pela sociedade americana, aparentemente, o mote do filme é mesmo dar um tapa-na-cara da indústria armamentista do Tio Sam. O fato de Tony Stark resolver parar de produzir armas de destruição em massa só quando elas se voltam contra ele, e quando ele "acaba descobrindo" que sua indústria também vende para "terroristas" é criticável, mas é melhor do que nada, e muita gente deve ter se sentido incomodada com o discurso da película.

No fim das contas, é um excelente filme, divertidíssimo, e mereceria que todos saíssem da sala, passassem na bilheteria e pagassem outro ingresso para ver os créditos, quando o imbecil do projecionista resolveu acender a luz, para estragar o prazer de quem gosta de ver quem fez o filme (além de conhecer os filmes da Marvel).

quinta-feira, 1 de maio de 2008

Decepção

Recuperado da Virada Cultural e da muvuca (complicada, mas valeu a pena) nos shows de Cachorro Grande, Arnaldo Antunes, Lobão e Ultraje a Rigor, retomemos o Blog.

Retomamos, hoje, para falar de uma decepção. Em matéria do G1, li que o Radiohead não mais repetirá o esquema do "pague quanto quiser", executado no álbum "In Rainbows", último da banda.

Para quem não sabe o que foi, a banda Radiohead, ano passado, rompeu o contrato com a gravadora e realizou, com a própria grana e as próprias pernas, o projeto de um álbum, que, ao ser finalizado, pôde ser baixado pelos fãs, via internet, na íntegra, pelo preço que quisessem pagar, até 100 Libras. Para quem ainda gosta da coisa fixa, tinha o box do CD, que custava 60 Libras, mais o frete.

Foi um sucesso: em poucos dias, para se ter uma noção, foram baixadas 1,2 milhões de cópias do álbum, estimando-se um faturamento superior a 10 milhões de dólares.

Pois é. Com nova assinatura, dessa vez com a gravadora XL Records, a banda diz que o "pague quanto quiser" serviu ao seu propósito, dentro de seu contexto, e que não servirá mais, afinal, o contexto, hoje é outro.

Desculpem, mas eu discordo.

Acredito que o sistema é o mais próximo do estimado "futuro ideal" da indústria cultural, uma vez que elimina intermediários (gravadoras) entre o público em geral e o artista, possibilitando maior criatividade e melhor preço às obras.

As gravadoras, sim, serviram ao seu propósito, mas, hoje, representam um mal à indústria fonográfica, uma vez que atingiram um "paradigma" a cada gênero musical, expelindo lixo atrás de lixo nas rádios, hoje reféns do "jabá" das mesmas gravadoras, e nas TV's, seja em programas de auditório, seja no formato vídeo clipe.

Espero que a atitude de "re-volta às origens" (a volta às origens do Radiohead havia sido o rompimento com a gravadora) tenha sido só do Radiohead, e que outras bandas, como Lobão, Prince e Nine Inch Nails não tomem, novamente, o mesmo caminho do Radiohead, ficando na cena independente, disponibilizando os álbuns para download (no caso do Lobão, CD em bancas de jornal) por muito tempo, ainda.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Virada Sensacional


Este fim-de-semana, acontece, em São Paulo, a VIRADA CULTURAL.

Iniciativa louvável de prefeitura da cidade que, além de fomentar o comércio no Centro, ainda traz muita cultura e diversão para esse povo que nem sempre consegue acesso a eventos culturais ou equipamentos municipais gratuitos de cultura.

Você pode escolher: são mais de 15 mil atrações em 24 horas de puro divertimento espalhados por toda a cidade, apesar de ter maior concentração no Centro Expandido.

Eu já escolhi as minhas.

Sábado, vou ao SESC Vila Mariana, assistir a um Teatro de Bonecos, que me pareceu muito interessante. Iria, também, em alguma dessas exibições de cinema na madrugada do SESC, mas vou ter que guardar as minhas energias (afinal, eu não sou "apenas" um blogueiro, mas também trabalho durante a semana inteira) para o Domingo, quando, à partir do meio-dia, vou acompanhar todos os shows do "Rock na República", começando com Cachorro Grande, passando por Arnaldo Antunes e Lobão, para finalizar com Ultraje a Rigor, esse último que começa às 18h de Domingo.

Legal, né?

Só pra citar, o "Rock na República", que acontece na Praça da República, não começa no Domingo, não. Ele começa no Sábado, às 18h e, entre outras atrações, terá Casa das Máquinas, às 21h30, Paul D'ianno (ex-vocalista do Iron Maiden, nos anos 80), à 1h da manhã, e Andreas Kisser e convidados, às 3h da manhã!

Se você tiver pique, aproveite!

terça-feira, 22 de abril de 2008

Isabella, o Big Brother e o Ibope

Acho estranho, mas fácil de entender, este circo todo, armado em volta do assassinato da pequena Isabella, assunto este sobre o qual qualquer brasileiro, não me excluindo desta, tem sua opinião mais do que formada.

Numa época em que se vê que o Big Brother está dando mais audiência que a novela do horário nobre, vê-se que a classe média brasileira, maioria no País, quer ver, mesmo, o "circo da vida real". Aquele que você, antes, poderia ver, simplesmente, batendo papo com a vizinha de muro, mas que, hoje, teve o acesso restringido pela vida atabalhoada dos grandes centros.

A mesma classe média que não quer nem saber quantas crianças morrem de overdose nos sinais de trânsito da cidade, porque compraram cola com o dinheiro que conseguiram das esmolas que a classe média deu a elas. A mesma classe média cujos filhos financiam o tráfico nas favelas, e nem querem saber quantas crianças morrem baleadas na guerra constante entre traficantes, ou entre o tráfico e a polícia. Isabella é apenas mais uma entre tantas.

Claro que o assassinato sumário de uma menina de cinco anos, provavelmente pelo próprio pai, é horrendo e merece que investigações profundas sejam feitas até que se ache o culpado e, feito isso, que o mesmo pague com pena máxima (melhor que fosse a morte) pelo que fez.

Mas ficar duas semanas falando apenas disso, com direito a "flashes" ao vivo, de meia em meia hora do Domingo, sempre dizendo "daqui a pouco voltamos com mais informações" e voltando para dizer sempre a mesma coisa, cobrindo cada passo de cada um dos envolvidos no caso, transformando a mãe da menina numa popstar nacional, com direito a participação em show do feriado de Tiradentes é absurdo!

É simplesmente ridículo que um caso como este tome estas proporções, com tanta coisa mais importante acontecendo no País! É o velho "pão e circo", com direito a sangue e gladiadores, tomando sua velha função! E o povo cai como patinhos, afinal, não há nada melhor do que a boa e velha "fofoca" o que se passa na cabeça de um escritor de folhetim se tornou ultrapassado, diante da imprevisibilidade da final de um Reality Show. O que se dirá, então, quando o final deste Reality Show não depender, simplesmente, de ligações populares, mas de um estudo científico minucioso, do qual o povo não faça a menor idéia de como aconteça, mas que delicia os mesmos populares, quando um jornal sensacionalista reproduz a cena do crime?

Isabella é uma vítima, mas a maior vítima de tudo isso é o Brasil, que se encontra cego, ao tentar saber quem a matou, ao invés de se preocupar com o panorama geral da coisa, ou com outras coisas que estão acontecendo e que, essas sim, vão mudar, definitivamente, o curso da vida de todos.

Afinal, ninguém mais fala de aquecimento global (esse, sim, cutuca o traseiro fétido da classe média), etanol, Petrobrás, barreiras comerciais ou corrupção. A única coisa que está na boca do povo é Isabella.

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Saindo ligeiramente do assunto...

Eu apareci no Blog SAINDO DO FORNO, de Rildo Barros, da REVISTA PADARIA 2000, onde trabalho.

É uma foto do meu trabalho como "repórter cinematográfico"!

Vale a pena conferir!

E, ainda, confiram o novo Blog de futebol, do qual faço parte, falando sempre de Corinthians: o CORNETA CATIVA!

Abraços!

terça-feira, 15 de abril de 2008

Jumper, o review


Um filme legal, que atende às expectativas e nos faz pensar um pouco sobre a célebre discussão: quem faz o homem, o meio ou a genética? Você nasceu assim, ou foi o que aconteceu na sua vida é que te moldou? É destino, ou ocasião?

"JUMPER" conta a história de um moleque anti-social, que era azucrinado na escola e que, de repente, descobriu que poderia ir a qualquer lugar que quisesse, desde que já o tivesse visitado antes.

O que você faria, caso isso houvesse acontecido contigo? Eu, e é bom lembrar que isso é um blog e eu emito a minha opinião única e exclusivamente pessoal, por aqui, faria EXATAMENTE o que ele fez. Se você assistiu o filme, sabe do que estou falando.

A personagem é bem construída, interessante, tem motivo e meios para fazer tudo o que faz no filme. O ator é bom, também, diga-se de passagem.

A ação do filme, frenética do começo ao fim, te prende direitinho, como todo Blockbuster deveria fazer, e nem sempre o faz ("O RETORNO DA MÚMIA" é o melhor exemplo disso, apesar de "AS PANTERAS: DETONANDO" estar mais fresco na cabeça de todo mundo, porque passou na TELA QUENTE), os diálogos são bons, o roteiro não tem pontas soltas. Muito bom, o filme.

Teve gente que assistiu comigo que discordaria do que eu falo das "pontas soltas", porque o filme passa por cima de um monte de coisa que poderia até explicar, mas o que eu digo é que o filme "não tem gorduras". "O que é isso?", você me perguntaria, e eu te respondo: o filme não perde tempo explicando, seja em diálogos, seja em flashbacks, coisas do tipo "como ele conseguiu esse poder". Nem pára pra mostrar ele roubando cadeirinha de praia e hot dog pra parar na cabeça da esfinge com as duas coisas. Pra que? Ele pulou, roubou, pulou de novo, sentou e comeu! Simples assim! E eunão preciso perder tempo mostrando isso!

Mas o filme tem seus pontos negativos. O vilão é mau-construído: Samuel L. Jackson merecia um papel mais bem-escrito; até dá um medo dele, ele é bravo e tal, mas falta um feeling a mais; e o par romântico é bem ruinzinho, além de demorar pra entrar na trama de verdade. Parece que o apego que ele tem por ela aparece de repente, e não é construído durante o filme. Além do quê, ô atrizinha ruim, hein? Bonita, mas ruim!

E tem a câmera, que fica o tempo todo na mão, balançando... num filme desses, rápido, dá enjôo. Pelo menos, me deu! Eu gosto, e muito, de câmera na mão, adoro os filmes do Lars Von Trier, mas acho que, pra esse filme, não funcionou.

Mas fica aí a recomendação: boas duas horas de divertimento. E pense bem antes de dar um pescotapa naquele nerdinho da sua sala.

quarta-feira, 9 de abril de 2008

Um sonho que não se realizará

Semanas atrás, falei da minha banda favorita em todos os tempos, o QUEEN. Mas a realidade é que, apesar de eu realmente ser um fã do QUEEN e ser uma pessoa muito, mas MUITO, eclética, o som do QUEEN não é exatamente o que abunda entre as minhas bandas favoritas.

Vou dar um exemplo bem prático disso: Durante a minha adolescência, eu fui muito fã do PUNK ROCK; GREEN DAY, OFFSPRING, bandas contemporâneas a mim, RATOS DE PORÃO, REPLICANTES, muitas bandas dos anos 80, LEGIÃO URBANA, IRA, ULTRAGE A RIGOR, dentre as mais leves, mas, dos anos 70, mesmo, eu só conhecia três bandas: RAMONES, SEX PISTOLS e THE CLASH.

Até então, isso era mais do que o suficiente para mim. Nunca vou esquecer os buracos que me enfiei para ver bandas underground, ou, mesmo, o show do ULTRAGE que fui com meus amigos Xablim e Japa, sensacional, no qual a banda entrou às três da manhã e fez um show de uma hora e meia sem parar de tocar nenhum segundo, emendando vários sucessos com músicas dos RAMONES.

Mas eu cresci e, com isso, veio a paixão por livros cada vez maior (na adolescência, eu já lia bastante, mas não no ritmo alucinante que eu adquiri na faculdade) e, um belo dia, chega em minhas mãos o livro "MATE-ME, POR FAVOR: A HISTÓRIA SEM CENSURA DO PUNK".

O livro é maravilhoso, conta, com depoimentos daqueles que participaram, as histórias que fizeram nascer o gênero mais controverso do Rock and Roll na história, com muito sexo, drogas, álcool, noitadas, gente que se perdeu, gente que se achou, viagens sem dinheiro e o CBGB's.

Foi com este livro que eu acabei conhecendo o VELVET UNDERGROUND, o IGGY AND THE STOOGES e, a minha favorita das 3, THE NEW YORK DOLLS.

Taí.

Cheguei onde queria chegar.

Os DOLLS vão fazer um show aqui em São Paulo, amanhã, às oito da noite, no Hangar 110. Sensacional! "Maravilha, Alberto"! Pô, já pensou, reviver tudo aquilo que acontecia no CBGB's?

Caramba, ia ser massa! Comecei a procurar como chegar no Hangar 110, descobri que é bem próximo ao metrô Armênia, tal, daí, comecei a procurar o preço do ingresso. Achei no "G1.com":

R$ 90 (lote 2), R$ 100 (lote 3), R$ 120 (porta).

Tá. Outro dia, falei com a minha namorada que eu pagaria 200 reais fácil no show do QUEEN. Se bobear, até uns 300 eu pago.

Mas pagar R$120,00 pra assistir um show de PUNK ROCK, num lugar apertado, e ainda voltar pra casa fedendo a cigarro é dose pra leão!

Se o cachê dos caras é alto, faz o show no Parque Antártica, pô!

Mas, tudo bem. As informações estão todas aí, os links também, quem quiser vai. Vai se divertir pra caramba, garanto, porque os caras são bons, e as músicas, pra quem curte, são dançantes pra burro (eu entraria em delírio na hora que eles tocassem "Monkey Child")!

Só que, lamento, não me encontrarão lá!

terça-feira, 1 de abril de 2008

O dilema de Superman

Semana passada, ao que parece, foi dado o veredito final sobre o assunto "quem detem os direitos de cópia sobre o SUPERMAN". O juiz federal californiano Stephen Larson deu seu parecer, dando a Jerry Siegel, co-criador da personagem, ao lado de Joe Shuster, e, conseqüentemente, seus herdeiros, os direitos sobre metade de tudo o que a DC COMICS lucrar sobre SUPERMAN.

Em 1999, já havia acontecido uma decisão judicial parecida, onde se dizia que os criadores deveriam ter seus nomes publicados junto ao das personagens, além de ter seus direitos de autores preservados.

A decisão de Larson diz, ainda, que, baseado nesta decisão de 1999, a DC teria que pagar à família de Siegel metade de tudo o que lucrou sobre SUPERMAN de lá pra cá, sendo apenas necessário, agora, criar um discernimento sobre quais personagens e quais elementos relacionados ao SUPERMAN são de co-criação de Siegel ou não. Shuster não está envolvido no processo por não ter herdeiros.


Bacana, em termos. Nós que gostamos de fazer nossos rabiscos e criamos personagens, para criar contos, curtas, quadrinhos etc. passaremos a nos sentir mais protegidos com uma decisão como esta, criando uma jurisprudência (termo importantíssimo nos EUA) em território Americano, onde, sabemos, as empresas que publicam histórias em quadrinhos de autores empregados, especialmente a DC, haja visto o que vêm fazendo com Alan Moore e suas criações, gostam de se utilizar de criações destes profissionais e fazer o que bem entendem com elas.

O exemplo de Moore é o mais explícito: uma coisa é adaptarem "DO INFERNO", que já é uma adaptação de um livro, ou se basearem no "BATMAN" escrito por Frank Miller para fazer o filme do Morcego, mas episódios como os de "A LIGA EXTRAORDINÁRIA", "V DE VINGANÇA" E "WATCHMEN" são esdrúxulos demais, e mereceriam atenção especial de cortes, tribunais e discussões teóricas sobre direitos autorais, porque o autor não queria que tais obras fossem adaptadas ao cinema, mas, mesmo assim, elas foram (algumas bem, outras mal), causando revolta no criador das histórias.


Os autores, principalmente aqueles que criam títulos novos e geram conceitos e personagens e motes diferentes daqueles que estamos acostumados, precisam ser protegidos contra este tipo de coisa.

Mas existe um porém no caso SUPERMAN. Lá nos idos de 1938, Shuster e Siegel eram empregados da DETECTIVE COMICS, que viria a se tornar a DC que todos conhecemos, e, sob uma encomenda, criaram SUPERMAN para preencher a revista ACTION COMICS, que estava para ser lançada. Mesmo assim, depois que viu o sucesso da personagem, a editora resolveu COMPRAR OS DIREITOS sobre a mesma. US$ 130,00 foi a quantia pedida pela dupla de criadores e paga pela DETECTIVE COMICS à época.

"Ah, mas 130 dólares é muito pouco pelo que eles lucraram com SUPERMAN", diria qualquer um. E eu respondo: mas eles venderam. Venderam, e venderam bem, porque, hoje, os 130 dólares seriam uma faixa de 3 mil dólares, dadas correções monetárias, como inflação, etc.


Quando você cria uma personagem sob encomenda, para ser "mascote" de uma empresa, aparecer em peças publicitárias, ou mesmo quando um amigo te apresenta um argumento e você cria a personagem principal para ele criar o roteiro em cima, é mais ou menos isso que se cobra pelo serviço.

É como quando você vai comprar uma empresa (ou ações da mesma): se a empresa é pequena, tem pouca visibilidade, não tem filiais, etc. o preço é um. Se a empresa é grande, ou tem bom potencial de crescimento, tem penetração na clientela, tem know-how, lucratividade, o preço é maior.

Quando Shuster e Siegel venderam o SUPERMAN para a DC, a personagem era a empresa pequena, ainda. Quem o fez o que ele é hoje foi um sem número de roteiristas que passou pelo título do herói de lá pra cá.
Claro, e vou mesmo repetir, que a decisão tem dois lados, e o aspecto bom é muito válido, pois traz uma segurança a autores e criadores, que sempre estiveram desprotegidos da grande indústria, com excessão daqueles que preferiram publicar pela IMAGE, que, além de muito lixo, e algumas coisas boas, trouxe este aspecto positivo e essa discussão muito saudável à indústria.


Última observação: a decisão do juiz só vale para o território americano. O que a DC lucra com SUPERMAN ao redor do mundo é só da DC. Outra coisa: a decisão dá os direitos à família Siegel até 2013, e uma lei de 1975 protege os direitos da DC sobre a personagem "apenas" até 2033, quando SUPERMAN se tornará uma personagem de domínio público, ou o parlamento americano criará outra emenda prorrogando tais direitos, mais uma vez.

terça-feira, 25 de março de 2008

A realização de um sonho

Nenhuma banda, em toda a história, me cativou tanto. Nenhuma banda Punk, nada do "Grunge", nada. Eu nunca fui muito de Heavy Metal, apesar de curtir muitas coisas do Heavy antigo, estilo Black Sabbath e Led Zeppelin, e muito menos do Rock and Roll Progressivo.

Mas tem uma banda... uma, não... A BANDA de progressivo, que é a maior expressão da música em todos os tempos. Nem Beatles, nem Beethoven, nem ninguém, nunca tocou enm vai tocar meu coração com músicas como eles o fizeram.

QUEEN.

A voz inconfundível de Freddie Mercury, a bateria marcante de Roger Taylor, a guitarra virtuosa de Brian May e o baixo magistralmente tocado por John Deacon fizeram o que pode se chamar de A COMBINAÇÃO PERFEITA da música, e formaram a maior banda de Rock and Roll de todos os tempos.

Eu poderia ficar aqui, anos e anos, falando de Queen, mas preciso ir direto ao assunto: Eles voltaram!

Desde a morte de Freddy, em 1990, e a aposentadoria de John, em 89, o QUEEN não gravava nada inédito em estúdio: várias especulações sobre supostos substitutos de Freddie (nunca serão, nunca), como Robbie Williams e o próprio Roger Taylor assumindo os vocais, surgiram, mas nada se confirmava, até 2004.

Foi quando Paul Rodgers (que tem uma extensa carreira pregressa em algumas bandas e com carreira solo, mas que, confesso, de nada conheço e nunca tinha ouvido falar anteriormente) aceitou o convite da banda, e eles saíram em turnê. Mas, até agora, isso era só uma turnê para os fãs matarem as saudades do QUEEN, pra escutar as músicas antigas e tal, mas este ano, eles lançam um novo álbum do QUEEN, e com músicas inéditas e com Paul nos vocais.

Foi aí que resolvi ir atrás e escutar o cara.

E me surpreendi. O cara é bom. ÓBVIO que ele não é o Freddie (nunca será, nunca), mas o cara tem uma voz poderosa. Em certos momentos, por não ter a voz de Freddie, ele parece um tiozão cantando uma música country qualquer, mas, na maioria dos momentos, principalmente nos tons mais altos, ele é muito bom mesmo!

E a melhor de todas as notícias: assim que eles saírem do estúdio e lançarem o novo álbum, está nos planos deles virem para a América Latina, destino que ainda não foi agraciado pela "Queen + Paul Rodgers Tour".

É a realização de um sonho de infância, para mim, e, podem ter certeza, eu estarei lá.

Por enquanto, avaliem por vocês mesmos o desempenho do novo vocal, e confirmem a excelente forma dos membros ainda não aposentados da banda:



E confiram, ainda, o primeiro single inédito:

segunda-feira, 24 de março de 2008

Rapidinhas

Warren Ellis em Astonishing X-Men - Li na coluna LYING IN THE GUTTERS que Warren Ellis vai escrever a próxima temporada de gibis dos X-Men. É realmente uma pena que o desenhista não seja o mesmo e eles não refaçam a dupla que arrebentou em PLANETARY, mas tomara que eu queime a minha língua e o(a) outro(a) artista , Simone Bianchi, seja bom(oa), e o trabalho seja sensacional, também.

Warren Ellis é gênio.

Constantine 2 - No mesmo site, mas em outra coluna, a Comic Reel, que Keanu Reeves não fará uma continuação de CONSTANTINE. Me chamem de louco, mas é uma grande pena.

Grande Alegria - Marcelo Yabu, não o conheço pessoalmente, mas ele foi aluno do meu professor de desenho, vai estrear com uma série de desenho animado no Discovery Kids, chamada "PRINCESAS DO MAR". Fico feliz, pelo mercado de animação brasileiro e pelo fato de uma pessoa com as mesmas origens que eu estar conseguindo sucesso num mercado que é o que sempre quis fazer.

Eu nunca fui um entusiasta de animação, muito menos 2D, mas ainda estou longe de ter, nos quadrinhos, o mesmo sucesso que Yabu tem nas animações. Um dia, eu chego lá.

Muito sucesso para ele!

Três é bom demais!

Este fim-de-semana foi algo que eu poderia chamar de um fim-de-semana produtivo. Não contente por estar longe da civilização e não podendo me inteirar das coisas que acontecem hoje, me aproveitei da boa vontade de Aline, amiga de minha namorada, que alugou nada menos que quatro DVD's para o feriadão, e assisti três dos mesmos, deles, nenhum eu havia assistido.


LITTLE MISS SUNSHINE (Pequena Miss Sunshine) - É um filme que eu estava curiosíssimo para assistir. Todo mundo me falava deste filme, e eu não fazia a menor noção do que se tratava. Na real, quando estava no cinema, não quis ver o filme, por me parecer extremamente bobinho (preconceitos...), mas, depois que ouvi a opinião abalizada de alguns amigos, fiquei curioso, mas, como tenho uma extrema preguiça de passar na locadora, acabei ficando sem assistir.

Olha: é daqueles filmes que te prendem do começo até o fim. A família protagonista do filme é de um carisma sensacional: o supergênio/gay/suicida, a menininha feia e barriguda, que sonha em ser miss, o adolescente revoltado que fez voto de silêncio para entrar na escola de pilotos da Aeronáutica, o avô pervertido, o pai, que esconde seus fracassos por trás de uma "teoria do vencedor" e a mãe, que tenta administrar tudo isso, sem muito sucesso, para o bem da verdade.

Achou ruim? É que você não assistiu ao filme, ainda. Ao levar a pobre garotinha para o concurso de Miss Sunshine, a família vai passando por poucas e boas (só se for pra você, mané, que fica rindo do filme, porque, pra família, é uma desgraça atrás da outra), que vão mostrando que "ir levando", apesar de tudo, não é um talento só brasileiro.

Aliás, é disso que o filme tem cara: roadie movie brasileiro, dirigido por um Walter Salles sarcástico e cheio de humor negro.

Destaque para a dancinha no final, que, se eu tivesse visto no cinema, teria me obrigado a sair da sala, passar no guichê e pagar a entrada de novo, porque é um show à parte.

Sensacional!

MEMOIRS OF A GEISHA (Memórias de uma Geisha) - Sinceramente, eu esperava muito mais deste filme. Não que ele seja ruim, longe disso, vale muito a pena assistir, principalmente pela direção de arte, que traz um japão da segunda guerra mundial muito bem pontuado e muito condizente com a realidade.

A narrativa é um pouco confusa. Não que não dê para entender a história, nada disso, a história é até bem simples: conta a saga de uma garotinha filha de pais muito pobres, que a vende para uma "cafetina" (e as aspas não poderiam estar melhor empregadas, mas eu peço perdão ao leitor, pois não sei o real termo que deveria ser usado no momento) e, apesar de muitos percalços, a garota acaba se tornando a mais cara Geisha de sua cidade até o então momento histórico.

Chega até a ser emocionante, a história, mas o roteiro é cheio de pontas soltas e chega a ser até desapontante, principalmente pelos meios que ele usa para tentar amarrar essas pontas, sem muito sucesso.

Destaque para a atuação da protagonista, que nem japonesa é, mas já havia se mostrado uma boa atriz em "O TIGRE E O DRAGÃO".

MUSIC AND LYRICS (Letra e Música) - Taí a surpresa do feriado. O famoso "água com açúcar" que funciona, porque tem aquele roteirinho inteligente e cheio de referências, que faz qualquer um dar risada a torto e direito.

Hugh Grant faz um ex-integrante de boyband dos anos 80 (estilo A-HA) decadente, que precisa, desesperadamente, compor letra e música do novo "hit" da mais badalada cantora pop da atualidade, pra ver se salva sua carreira. Só que ele não é bom letrista; e é aí que surge Drew Barrimore, uma "babá de plantas" (na verdade, uma escritora fracassada), que acaba trombando com ele e compondo a música.

O filme todo é uma crítica ao mercado de música, que não dá real valor às pessoas de talento, desdenha de quem um dia já fez muito sucesso e dá demasiado valor a pessoas que não têm a menor profundidade, mas se escondem por trás de máscaras de elementos intelectualizáveis.

Boa pedida, mesmo!

quarta-feira, 12 de março de 2008

Rapidinhas


ROCKETEER - Faleceu, no último dia dez, Dave Stevens, famoso por ser um dos grandes artistas de TARZAN, criador de ROCKETEER e desenhista dos eternamente famosos "pin-ups" de BETTY PAGE, musa inspiradora da mocinha de sua publicação. É com muito pesar que todos nós que trabalhamos e amamos quadrinhos damos uma notícia dessas.

LYING IN THE GUTTERS - A badalada coluna, fonte fidedigníssima de informações da indústria americana de quadrinhos, diz que são fortes os indícios de que o roteiro que está sendo escrito para o filme WONDER WOMAN seja um plágio...

Encrenca da boa, essa, não?

O mesmo site diz que está esquentando a discussão entre Grant Morrison e Brian Bendis, que insinua que CRISE FINAL só termina em 2012, já que os (existentes) atrasos de Morrison são muitos. O colunista, porém, defende o roteirista escocês, mostrando toda a movimentação e todos os artigos vendáveis que a DC está aproveitando para lançar nas lacunas deixadas pelo escritor, faturando muito com tudo isso.

É o mercado.

Junebug

Parecia um "Teen Movie". Eu olhava para o pôster deste filme e não tinha a MENOR vontade de assistir. Confesso, quando fiquei sabendo da indicação ao bravo e retumbante "OSCAR", até pensei em ir. Mas não foi por isso que eu fui. Fui por causa da crítica que, este ano, já havia me presenteado com o I AM LEGEND, com Will Smith em atuação estupenda e, a despeito do que a mesma crítica vinha me fazendo nos anos anteriores, me fazendo ver filmes ruins atrás de filmes ruins, resolvi ver o filme e ver no que dava.

Me surpreendi imensamente. E pro bem!

Olha, como já iniciei nesse "review", a minha expectativa era pífia pelo filme. E, pelo meu histórico, é aí que eu assisto a grandes filmes. O plot tem tudo pra ser um "Teen Movie", mas o roteirista se mostrou tão bom que, com muito sarcasmo e diálogos inteligentes, transformou tudo num filme "cult" e engraçado.

Os atores, sem comentários: a reação dos pais da JUNO quando ela conta que está grávida é a melhor coisa do filme. É a velha história do "pouco é muito". Ao invés deles surtarem, eles mantém a calma na frente da menina e encaram outros problemas mais graves como coisas mais simples de se resolver... Sensacional!

Tecnicamente, não há o que dizer do filme. Até porque, não assisti nas condições ideais: era uma projeção digital, que, provavelmente, significa que o filme perdeu, pelo menos, 2 gerações a mais do que devia, mas eu achei exótico o fato do filme ser extremamente vermelho, contrariando o que hollywood geralmente prega de manter o verde sempre em destaque. Mas, fora isso, a mesma perfeição técnica hollywoodiana de sempre.

Duas horas e dez reais bem gastos, pra quem tiver carteirinha de estudante na paulicéia desvairada.

quinta-feira, 6 de março de 2008

Notícia de última hora

CARAAAAAAAAAAAAAAMMMMMMMMMMMBBBBAAAAAAAAAAA!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

E isso foi um "CARAMBA" de fã, mesmo!

No Blog oficial do filme "WATCHMEN", Zack Snyder colocou as primeiras fotos de algumas das principais personagens do filme.

Pra quem leu, sensacional! Pra quem não leu, dê, ao menos, uma folheadinha na revista, que você verá o porquê da empolgação!

Rapidinhas


Gambit no filme do Wolverine - Quem me conhece sabe que o meu X-Man preferido de todos os tempos é o GAMBIT. Agora, depois de três (excelentes) filmes da série, querer fazer justiça colocando nosso simpático Cajun, o mais "istaile" dos X-Men, filho de imigrantes franceses de New Orleans, no quarto filme, feito pra ser o filme solo do Wolverine, é sacanagem.

Eu sei que eu sempre fui contra o pré-julgamento de qualquer coisa, mas, por melhor que o ator Taylor Kitsch possa se sair no papel de Gambit, ele nunca vai ficar à altura da história de Remy LeBeau.

Montanha Russa de THE DARK KNIGHT - Cara, que da hora. É nessa hora que eu queria morar em New Jersey, Illinois ou Massachussets, que seja. É nessas três cidades que vão estar as três unidades da DARK KNIGHT COASTER. E dizem, ainda, que ela vai ter cenas exclusivas de Harvey Dent (futuro Duas Caras)!

Que inveja desses americanos!

Diamond em cheque - De acordo com o Blog LYING IN THE GUTTERS, a distribuidora Diamond vem sendo erroneamente criticada por, em cima da hora, ter decidido não distribuir uma HQ sobre Davi e Golias. As críticas seriam porque a distribuidora estaria cometendo discriminação, já que a história se trata de um conto religioso. Mas, olhando o histórico da distribuidora, que já distribuiu vários quadrinhos religiosos, bíblicos, inclusive, o colunista, muito confiável, acha que o problema foi apenas a péssima qualidade do material.

Sei que isso não interessa muito a nós, brasileiros, reféns da Chinaglia, mas é só pra mostrar que, apesar de eu ser um crítico ostensivo de qualquer forma de preconceito, acho que, algumas vezes, o preconceito parte da parte "discriminada".

COLÓQUIO CIENTÍFICO NA ECA - Aproveitando que estamos falando de quadrinhos, vale iniciar, aqui, uma campanha pelo comparecimento de interessados em estudar a arte seqüencial mais a fundo: no prédio da ECA-USP, o Professor Doutor Waldomiro Vergueiro, do curso de Biblioteconomia, media um Colóquio Científico sobre o assunto, onde se debate sobre livros teóricos e muito da prática dos quadrinhos do mundo todo. Geralmente, a reunião é na primeira sexta-feira do mês e, neste dia 08/03 não será diferente. É entregue, sempre no colóquio seguinte, um certificado de participação a quem vai.

O Colóquio também é transmitido ao vivo via internet, mas ficarei devendo, aqui, o link de acesso.

Quem sabe no próximo mês, não?

"And The Oscar Goes To..." (por mais clichê que isso pareça)

Fui abordado outro dia, fazia apenas uma semana que eu não colocava nada de novo no meu Blog (não cabe aqui explanações mais longas sobre o caso, cabe apenas dizer que foi uma mistura de motios pessoais com alguns freelas pegos ao acaso que me impediam de publicar no Blog, ou seja, falta de tempo), por um amigo, que veio com os dizeres: "e aí, não vai dizer nada sobre o Oscar?"

Bom, primeiro, gostaria de dizer que, fora "PIRATAS DO CARIBE", não assisti nenhum filme indicado ao Oscar deste ano. Posso estar até cometendo uma injustiça, posso ter até assistido alguma das animações, mas o fato é: este ano, com a greve dos roteiristas, os filmes que restaram para ser indicados esperaram tal fato para se lançarem no mercado internacional de baixo retorno, já que não valeria a pena lançar um filme chamado "JUNO", cuja Star System Star de maior gabarito é a brava e retumbante Jenniffer Gardner, no Brasil sem a famosa frase "Indicado a" ou "vencedor de 'X' Oscars". Ridículo.

Outra coisa que é boa de frisar é que, quem me conhece, sabe que eu nunca dei a mínima pro Oscar. Nunca mesmo. "CORRA, LOLA, CORRA" não ganhou nenhum Oscar. "PULP FICTION" só ganhou "Melhor Roteiro Adaptado" porque não tinha jeito, o roteiro do filme é primoroso. Mas não me lembro de "BRILHO ETERNO DE UMA MENTE SEM LEMBRANÇAS" ter ganho nada. Viu? Eu nem comecei a citar muitos dos meus filmes preferidos e já provei que um, dois três ou vinte Oscars colocados no Pôster do filme não provam se ele é bom, ruim ou meia-boca.

O que vale, mesmo, é o senso estético ou o famoso "gosto pra filmes" de cada um. E, no preço que está o cinema em São Paulo, pegue um DVD bem legal, de preferência aquele clássico que você ainda não teve oportunidade de assistir, ou aquele filme que nem saiu no cinema aqui no Brasil, com atores desconhecidos, na locadora, coloque ele no aparelho que está ligado à sua LCD 42'' que dizem ser HDTV, mas nem isso ela não é, mas, de acordo com alguns autores, é mais do que o suficiente pra deslumbrar as suas humildes pupilas, chame a sua namorada e curta muito a noite, que você ganha mais do que esperar acabar o DOMINGO MAIOR pra assistir uma cerimônia pra lá de muito chata.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Traillers, since I´ve got nothing to write about today

Cara, esse filme promete.

Principalmente se eles REALMENTE mostrarem um TONY STARK arrogante, mulherengo e alcoólatra.



E esse, então...



Só não curti o esquema do "Indiana Aranha", mas passa, se o filme for tão bom quanto aqueles que eu cresci assistindo.

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Urso de Ouro

Este sábado, TROPA DE ELITE foi premiado com o Urso de Ouro, prêmio dado ao "melhor filme", eleito pelo júri do Festival de Cinema de Berlim.

No mínimo curioso, se você ler as críticas feias ao filme pela escola européia na semana do festival. Chamaram o filme de "facista" pra baixo, dizendo que ele incitava a violência policial e passava uma idéia ultra-direitista ao público.

Não era por menos: o filme foi exibido em sua premiére com legendas deturpadas, e a produção teve que arrumar, às pressas, fones para que fosse feita uma tradução simultânea, para que os críticos entendessem o filme.

O diretor, José Padilha, não acreditava de maneira alguma que o filme pudesse vencer o festival. Ledo engano. Duas horas depois dele dar uma declaração dizendo que a chance era zero, ele recebia o prêmio, agradecendo ao júri pela inspiração e compreensão.

Justo,. apesar de eu saber que existiram filmes melhores este ano, feitos no Brasil. Mas não "O ano em que meus pais saíram de casa".

sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Fest Comix em Março!!!

Saíram as datas do próximo FEST COMIX!

Será nos dias 07,08 e 09 de Março de 2008 no Centro de Eventos São Luís.

Haverá muitas atrações e muitos, mas MUITOS quadrinhos com descontos e preços especiais!

Desde formatinhos da Abril, por R$1,00 até o livro de desenho e roteiro da DC Comics, por R$89,90 (o preço de mercado é por volta de R$120,00!!!)!

Vale a pena conferir!

Se eu não estiver viajando, com certeza estarei lá!

Dica legal pra caramba

Tava fuçando no site do UNIVERSO HQ e me deparei com um link muito legal:

DINAMITE E RAIO-LASER.

Cara, passei a noite inteira me divertindo com as historinhas desses dois. Muito inventivas e engraçadas!

Destaque para o episódio #7, da mesa de RPG.

Falando no Coringa...

Assista a este Trailler:



Legal, né?

Agora, assista a este:



Sentiu, né?

Sensacional!

Apesar da triste morte de Ledger, acho que ainda dá pra se divertir vendo THE DARK KNIGHT.

Pra calar a boca da imprensa marrom

Estava eu fuçando na internet, quando me ocorreu uma curiosidade. Fui procurar e olha o que achei no site da BBC:

HEATH LEDGER NÃO TIROU SUA PRÓPRIA VIDA DE PROPÓSITO.

Para quem não entende palavras amenas, o cara NÃO SE SUICIDOU. Na autópsia, a polícia encontrou resíduos de analgésicos, remédios contra a ansiedade (dentre eles o Valium) e pílulas para dormir, todos prescritos por médico(s).

A porta-voz dos legistas, Ellen Borakove, disse que Heath morreu "como resultado de uma intoxicação aguda, pela ação combinada" dos medicamentos.

Isso é para a imprensa marrom aprender a não tomar conclusões precipitadas e a não dar notícias antes da hora. Só porque o cara era um ator em ascenção, todos concluíram que ele havia se suicidado, como tantos outros.

Às vezes, as pessoas têm problemas de saúde, sabiam? Nem todos são "mau-caráter" ou "fracos que não suportam a fama excessiva".

Lembro-me que, à época, todos tomavam como certa a hipótese de suicídio. Poucos, incluindo quem vos escreve, defenderam o ator.