quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

QUADRINHOS E CINEMA parte 2

Você que leu a parte anterior desse artigo deve estar pensando “ou esse caras estão loucos ou eu nunca mais vou assistir um filme baseado em quadrinhos na minha vida”. Calma. As adaptações das quais estamos falando podem dar certo.

Dando uma volta pela sua locadora (se você tem vídeo-cassete, vá logo, ou seu aparelho vai perder a serventia), você poderá, e provavelmente vai, encontrar muita coisa boa do gênero. Filmes que não foram exatamente um sucesso de propaganda, muito menos de bilheteria ( muitos deles não deram nem o gosto das telonas aos brasileiros), mas merecem sujar o cabeçote do seu vídeo.

Dando mais uma voltinha pelas editoras, novamente, começaremos com a imortal Marvel, que encabeça a lista desses filmes “legaizinhos”. Encabeça porque tem Blade. Um filme estrelado por ninguém menos do que Wesley Snipes, feito com perfeição, mas que teve uma segunda versão que nem passou pelas nossas salas de cinema. Um crime. Junto com Blade, vêm Conan (clássico para fãs de Schwarzeneger) e sua amiga Xena, cada um em seus filmes.

Mas a DC também marcará presença nessa lista. Quem nunca deixou de dormir mais cedo na Segunda-feira só por que ia passar O Corvo na Tela-Quente? Esse filme é maravilhoso... Ainda, para acompanhá-lo, estão o filme do Aço e os pilotos das séries Mulher-Maravilha e Lois e Clark, que valem o tempo que duram.

Por final, é impossível deixar de citar dois filmes que, apesar de quase ninguém se lembrar deles, são o máximo em adaptações de HQ´s para a grande tela. O primeiro é o Oscar de maquiagem, feito com extrema boa vontade, contando com Madonna em um papel coadjuvante. Apesar de sérias restrições orçamentárias, o filme tem um roteiro bem bolado, boa ação e situações constrangedoramente engraçadas, Dick Tracy vale muito mais do que você pagaria para assistí-lo.

E, por final, mas ao contrário de ser o menos importante, está aquele que, provavelmente, tem a narrativa, o roteiro, a cenografia e o figurino mais fiéis aos originais na história. The Rocketeer é envolvente e empolgante, sendo, para este que vos escreve, o melhor filme de todos os citados nesta matéria, colocando o melhor dos anteriores “no chinelo”. Se sua locadora não tem essa fita, processe o dono (brincadeirinha). É um crime contra os comicmaníacos não ter um exemplar desse na prateleira.

Tudo isso mostra que é possível, para não dizer fácil, adaptar um herói dos gibis para o cinema. Só precisamos de boas idéias e muita boa vontade, regados por algum dinheiro. Ah se algum produtor tivesse a grana...

Continua...

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