quinta-feira, 15 de maio de 2008

No Paper

Estive outro dia numa reunião de trabalho, na qual chegamos à conclusão de que a mídia impressa está chegando ao seu fim.

Com exceção daqueles mais tradicionalistas, o público em geral, adicionado do não-público em geral (aqueles que não lêem nada em hipótese alguma), hoje, já prefere a Internet como fonte principal de conteúdo. A única mídia que ainda concorre com a internet é a televisão e, mesmo assim, a TV tem tido que se desdobrar para apresentar um conteúdo moderno, atrativo e, até, interativo para, ao menos, deixar de perder espaço para a "mídia pessoal".

Fato: é trabalhoso, caro e demanda tempo demais você buscar informação e conteúdo em mídias impressas com a agilidade e quantidade que se encontra na internet. Qualquer que seja seu interesse, seja informação em geral, informação segmentada, entretenimento, séries, vídeos, jogos, qualquer conteúdo que você procure, é certo que você ache na internet e possa ver na tela de seu computador.

Vou dar como exemplo algo bem próximo de mim, que é a revista em que trabalho: o nosso conteúdo on-line já é, há algum tempo, muito mais interessante que o conteúdo impresso. Tanto para associados quanto para anunciantes. Do lado dos associados, todo o conteúdo da revista, inclusive uma versão em tela idêntica à impressa, inclusive, com a mesma dinâmica, mais conteúdo exclusivo para a internet, que inclui uma infinidade de vídeos, possibilidade de interatividade com o conteúdo, um canal de compra-e-venda, acessoria on-line (a revista é para um público segmentado e profissional) e muito mais coisas, que só vão aumentar. Do lado do anunciante, há a possibilidade de muito mais espaços, dos mais variados, para anúncios muito mais atrativos e que, além de ter um novo formato e mais penetração, uma vez que o conteúdo da internet, dependendo do setor do site, não chega apenas para associados, há a possibilidade do canal direto, em que o leitor não precisa parar de fazer o que está fazendo para entrar em contato com o anunciante, uma vez que está num veículo muito mais dinâmico - e multi-tarefa por natureza -, através de link.

Há ainda o argumento do já modê "ecologicamente correto", no qual se diz que clientes estão deixando de comprar revistas impressas em prol do planeta. Fora a "crise dos alimentos".

Um problema que existe, ainda, é a falta de credibilidade da internet, uma vez que é um meio facilmente "burlável" e "falsificável", mas isso pode ser driblado pela credibilidade de veículos já existentes: uma vez que revistas e agências de notícias e televisivas já tinham um público pré-internet, os veículos "arrastariam" seu público e, depois, um público novo para seus sites.

Mas é fato, mesmo, que o futuro é a internet. Mais barata, flexível e cheia de possibilidades, o veículo que continuar achando que sua versão impressa é mais importante que sua versão on-line vai ficar para trás.

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