Do extremamente politizado ao nem tanto, esse fim-de-semana foi agitado, para mim.
Sábado, assisti a um peça deveras interessante: extremamente densa, com poucos pontos de respiro (bem-posicionados, por sinal), cheia de referências históricas e com atores muito bons, além de um texto bem trabalhado. Este é o resumão de "RASGA CORAÇÃO", que foi apresentada uma única vez no SESC Santos.
Discutindo sobre o que é "novo" e o que é "revolucionário", o texto vai nos mostrando que uma coisa não tem nada a ver com a outra, na maioria das vezes, e que, se formos olhar direito, a história costuma se repetir, e aquilo que costumava se pensar obsoleto pode ser a solução para o futuro, e aquilo que se consideraria revolucionário é, na verdade, apenas mais do mesmo.
Que a história é cíclica, todos nós sabemos, e que o mundo dá voltas, também. Mas a forma que a peça aborda isso é contundente, chegando a criar arquétipos sociais, que podemos, facilmente, localizar nos tempos atuais.
Boa pedida para quem estiver em São Carlos neste fim-de-semana próximo, pois eles se apresentarão no SESC daquela cidade, no Sábado, dia 10/05.
Depois de ver esta peça, resolvi que domingo seria o dia de tomar a minha dose cavalar de Blockbuster.
E fui assistir ao filme do "HOMEM DE FERRO".

Tony Stark é um playboy irritantemente esnobe, arrogante e chato. Tanto, que você quase pede pra que ele morra no início do filme. Robert Downey Jr. fez um excelente trabalho (ele deve ter se identificado com a personagem), melhor do que se poderia imaginar de Tom Cruise, ator previamente escalado para fazer a protagonista.
O roteiro é um primor. Todo amarradinho, com um texto extremamente inteligente e crítico (vamos entrar nesse mérito mais pra frente), o filme te pega no comecinho, e vai jogando, para fãs e leigos, até o final. A forma como é construído o vilão é sensacional e, apesar de sem muitas surpresas, o mistério é mantido até a hora exata, criando uma tensão entre Stark e seu real rival.
Apesar de eu não gostar dessa idéia, passada pelo filme, de "tudo bem se for para nós", cultuada pela sociedade americana, aparentemente, o mote do filme é mesmo dar um tapa-na-cara da indústria armamentista do Tio Sam. O fato de Tony Stark resolver parar de produzir armas de destruição em massa só quando elas se voltam contra ele, e quando ele "acaba descobrindo" que sua indústria também vende para "terroristas" é criticável, mas é melhor do que nada, e muita gente deve ter se sentido incomodada com o discurso da película.
No fim das contas, é um excelente filme, divertidíssimo, e mereceria que todos saíssem da sala, passassem na bilheteria e pagassem outro ingresso para ver os créditos, quando o imbecil do projecionista resolveu acender a luz, para estragar o prazer de quem gosta de ver quem fez o filme (além de conhecer os filmes da Marvel).
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