terça-feira, 15 de abril de 2008

Jumper, o review


Um filme legal, que atende às expectativas e nos faz pensar um pouco sobre a célebre discussão: quem faz o homem, o meio ou a genética? Você nasceu assim, ou foi o que aconteceu na sua vida é que te moldou? É destino, ou ocasião?

"JUMPER" conta a história de um moleque anti-social, que era azucrinado na escola e que, de repente, descobriu que poderia ir a qualquer lugar que quisesse, desde que já o tivesse visitado antes.

O que você faria, caso isso houvesse acontecido contigo? Eu, e é bom lembrar que isso é um blog e eu emito a minha opinião única e exclusivamente pessoal, por aqui, faria EXATAMENTE o que ele fez. Se você assistiu o filme, sabe do que estou falando.

A personagem é bem construída, interessante, tem motivo e meios para fazer tudo o que faz no filme. O ator é bom, também, diga-se de passagem.

A ação do filme, frenética do começo ao fim, te prende direitinho, como todo Blockbuster deveria fazer, e nem sempre o faz ("O RETORNO DA MÚMIA" é o melhor exemplo disso, apesar de "AS PANTERAS: DETONANDO" estar mais fresco na cabeça de todo mundo, porque passou na TELA QUENTE), os diálogos são bons, o roteiro não tem pontas soltas. Muito bom, o filme.

Teve gente que assistiu comigo que discordaria do que eu falo das "pontas soltas", porque o filme passa por cima de um monte de coisa que poderia até explicar, mas o que eu digo é que o filme "não tem gorduras". "O que é isso?", você me perguntaria, e eu te respondo: o filme não perde tempo explicando, seja em diálogos, seja em flashbacks, coisas do tipo "como ele conseguiu esse poder". Nem pára pra mostrar ele roubando cadeirinha de praia e hot dog pra parar na cabeça da esfinge com as duas coisas. Pra que? Ele pulou, roubou, pulou de novo, sentou e comeu! Simples assim! E eunão preciso perder tempo mostrando isso!

Mas o filme tem seus pontos negativos. O vilão é mau-construído: Samuel L. Jackson merecia um papel mais bem-escrito; até dá um medo dele, ele é bravo e tal, mas falta um feeling a mais; e o par romântico é bem ruinzinho, além de demorar pra entrar na trama de verdade. Parece que o apego que ele tem por ela aparece de repente, e não é construído durante o filme. Além do quê, ô atrizinha ruim, hein? Bonita, mas ruim!

E tem a câmera, que fica o tempo todo na mão, balançando... num filme desses, rápido, dá enjôo. Pelo menos, me deu! Eu gosto, e muito, de câmera na mão, adoro os filmes do Lars Von Trier, mas acho que, pra esse filme, não funcionou.

Mas fica aí a recomendação: boas duas horas de divertimento. E pense bem antes de dar um pescotapa naquele nerdinho da sua sala.

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